Dênis Pereira da Cruz, de 49 anos, foi indiciado por homicídio com dolo eventual e outros cinco crimes relacionados ao trânsito. A esposa, a enfermeira Liliane de Souza Lima, também foi indiciada por fraude processual. (veja mais abaixo)
A reportagem não localizou a defesa do casal e mantém o espaço aberto para pronunciamento.
Segundo a investigação, o médico dirigia em alta velocidade no sentido capital-interior teria perdido o controle do veículo ao tentar fazer uma curva acentuada, invadindo a pista contrária e colidindo frontalmente com a motocicleta conduzida por Karine, que morreu no local.
Na ocasião, Cruz estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa e, segundo a Polícia Rodoviária Federal, apresentava sinais de embriaguez. No entanto, ele não foi preso em flagrante, pois permaneceu no local e, inicialmente, a esposa assumiu a responsabilidade pela condução do veículo, alegando ser a motorista no momento do acidente.
Durante as investigações, a polícia reuniu provas que apontam que o médico era, de fato, o condutor.
Um exame de DNA realizado no airbag do lado do motorista revelou um perfil genético masculino compatível com amostras coletadas em objetos da residência do médico, que teria se recusado a fornecer material biológico voluntariamente.
Com base nas evidências, o médico foi indiciado pelos seguintes crimes:
- Homicídio com dolo eventual;
- Omissão de socorro;
- Condução sob influência de álcool ou substância entorpecente;
- Condução com CNH suspensa;
- Fraude processual no trânsito;
- Porte de munição de uso permitido.
Já a enfermeira foi indiciada por fraude processual no trânsito, por ter assumido falsamente a condução do veículo com o objetivo de evitar a prisão em flagrante do marido.
O inquérito foi remetido à Justiça.
Karine Friedrich, morta em acidente de trânsito em Estância Velha — Foto: Divulgação