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O caso aconteceu na escola de educação infantil Sonho Meu e foi registrado na Polícia Civil em 10 de junho de 2024, após os pais da criança terem acesso às câmeras de monitoramento da sala em que o filho estudava.
Nas imagens, é possível ver o menino sendo agredido pela professora Juliana Marchetto Cardoso com uma espécie de pote (confira vídeo acima). Ela foi desligada da escola naquele mesmo mês.
Em nota, o advogado da professora, Wagner Boeira dos Santos, afirma que a mulher colaborou integralmente com as investigações desde o começo e que se afastou das funções “após o único episódio ocorrido”. (leia a íntegra abaixo)
Os representantes da escola onde o fato aconteceu comentaram que todas as medidas legais foram tomadas. (veja, abaixo, a nota completa)
O caso
Professora responde por lesão corporal contra aluno de três anos em Passo Fundo — Foto: Reprodução/ Câmera de monitoramento
Segundo relato da mãe da criança, que preferiu não se identificar, o filho teria chegado em casa com um ferimento na cabeça em uma quarta-feira. No dia seguinte, ele teria apresentado uma nova lesão, desta vez na orelha. Já na sexta-feira da mesma semana, a mãe teria notado marcas nos braços do menino.
“Perguntei o que tinha acontecido, porque ele veio para casa com uma galo enorme na cabeça. Tentamos falar com a escola nos dias seguintes, mas nada. Na segunda-feira, o pai dele foi lá porque eu não sabia mais o que fazer. Foi quando vimos o vídeo. Essa foi a vez que ficou mais marcada fisicamente”, conta a mãe.
A professora foi indiciada ainda em junho do ano passado pela Polícia Civil por lesão corporal. Em abril de 2025, prestou depoimento em audiência criminal, quando admitiu ter agredido o aluno, alegando que ele chorava durante as atividades.
A mulher é atualmente ré em uma ação penal que tramita sob segredo de Justiça na Vara Criminal.
A criança foi retirada da escola assim que os pais tiveram acesso ao vídeo que registrava a agressão. No mesmo dia, eles formalizaram a denúncia por meio de um boletim de ocorrência.
Além da ação penal em andamento, a família também ingressou com uma ação cível contra a professora. O caso está atualmente na fase de audiência de instrução.
O que diz a defesa da professora
“A defesa da professora, representada pelo advogado Wagner Boeira dos Santos, recebeu com surpresa a publicação da matéria, uma vez que o fato noticiado ocorreu há mais de um ano. Causa estranheza, ainda, a divulgação de informações sobre um processo que tramita em segredo de justiça.
As informações divulgadas não correspondem à realidade, pois jamais ocorreram “agressões diárias” ou reiteradas, circunstância que será apreciada pelo Poder Judiciário. Importante destacar que, até o momento, não houve qualquer decisão de mérito nos processos em andamento — seja na esfera indenizatória, seja na criminal.
Desde o primeiro momento, a professora colaborou integralmente com as investigações. Após o único episódio ocorrido, afastou-se de suas funções e, desde então, tem se dedicado a tratamento psicológico e à realização de diversos cursos.
Reitera-se que eventuais manifestações sobre o caso ocorrerão exclusivamente no âmbito processual”.
O que diz a escola Sonho Meu
“A defesa da escola, representada pelo escritório Rocha Ferreira, informa que o fato ocorreu há mais de um ano. Todas as medidas legais foram tomadas. A instituição prestou auxílio à família e às autoridades. A professora, acusada, foi imediatamente desligada. Os processos seguem em tramitação, e as questões de mérito continuarão sendo discutidas.”