Tributo a vítimas de acidente com van que transportava time de remo do RS — Foto: Manuelle Mota/ RBS TV
A cerimônia foi organizada pela fundação que leva o nome de Oguener, a Associação Remar para o Futuro Oguener Tissot, às margens do arroio onde tantos sonhos foram moldados.
“Ele queria, no futuro, ser lembrado por ser uma pessoa que inspirou outras pessoas a fazer aquilo que parecia ser impossível. Acho que ele conseguiu passar e transmitir isso”, diz Silvia Maria Tissot, mãe do treinador.
Durante a homenagem, uma placa foi inaugurada como símbolo do amor que unia o grupo. Entre os gestos do tributo ainda estão: flores lançadas ao arroio Pelotas e balões brancos subindo ao céu.
Tributo a vítimas de acidente com van que transportava time de remo do RS — Foto: Manuelle Mota/ RBS TV
“Fui para o Brasileiro e dei meu melhor. Pensei neles o tempo todo. Sei que não gostariam de me ver desistir. Então sigo, por eles e pelo Oguener”, revela.
O projeto Remar para o Futuro já impactou cerca de 900 jovens.
Conheça a história de Oguener Tissot, coordenador do Remar Para o Futuro
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta bateu na traseira da van. Na sequência, com o impacto, a van bateu em outro carro, rodou na rodovia e, em seguida, foi arrastada para fora da pista pelo caminhão, que tombou sobre ela.
O motorista do carro não se feriu.
- Samuel Benites Lopes, 15 anos
- Henry da Fontoura Guimarães, 15 anos
- João Pedro Kerchiner, 17 anos
- Helen Belony, 20 anos
- Nicoli Cruz, 15 anos
- Angel Souto Vidal, 16 anos
- Vitor Fernandes Camargo, 17 anos
- Oguener Tissot (coordenador), 43 anos
- Ricardo Leal da Cunha (motorista), 52 anos
O atleta João Milgarejo, de 17 anos, que também estava na van, foi resgatado com ferimentos leves e levado, junto com o motorista da carreta, para o Hospital São José, em Joinville, Santa Catarina.
Atletas de Pelotas vítimas de acidente na BR-376, no Paraná — Foto: Reprodução
Local do acidente onde nove membros de equipe de remo morreram após carreta tombar sobre van no Paraná — Foto: Artes/g1
Conclusão do inquérito
- O motorista do caminhão, Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor e por lesão corporal culposa em relação ao adolescente sobrevivente, ambos previstos no Código de Trânsito Brasileiro (CTB);
- O proprietário do caminhão, Heloide Longaray, foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa.
O laudo pericial revelou ainda, segundo o delegado Edgar Santana, que os freios do semirreboque estavam em condições precárias.
O delegado concluiu que o acidente aconteceu pela falta de habilidade técnica do motorista e as condições precárias do veículo, principalmente em relação aos freios.
Em novembro do último ano, por meio de nota, o advogado Richard Noguera, responsável pela defesa do motorista do caminhão, afirmou que não concorda com o indiciamento e que evidenciará as incongruências dos laudos e fundamentações ao longo do processo. Confira a nota na íntegra:
Já a defesa do dono do caminhão declarou, na época, que mantem convicção sobre a inocência dele e sobre a ausência de qualquer conduta negligente.
